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Mercado imobiliário deve encerrar em clima de desaceleração

Após um período de constante valorização, o setor imobiliário deve encerrar o ano de 2012 em clima de desaceleração. De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado deve registrar crescimento inferior aos anos anteriores. Este ano, a taxa de crescimento permaneceu em 2,5%, ou seja, inferior aos 3,6% de 2011 e os 11,6% de 2010.

Na área de financiamentos, também houve redução no número de unidades financiadas pela poupança. Segundo estimativas da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), o total deverá passar de 492.908 em 2011, para cerca de 450 mil.

O cenário de desaceleração, porém, não deve ser encarado com pessimismo, mas sim como uma fase necessária para o equilíbrio do mercado. Após passar por dois anos de intensa valorização, a tendência agora é de que haja um refreamento nos investimentos imobiliários. Mesmo assim, a expectativa é que, felizmente, o mercado volte a crescer de maneira sustentável.

Mercado imobiliário no Rio de Janeiro

Cenário de desaceleração não deve ser encarado com pessimismo, mas como uma fase de equilíbrio do mercado | Via: Flickr.

Em relação aos imóveis no Rio de Janeiro, a realidade não deve ser diferente. Na área da construção civil, por exemplo, o estado deve fechar 2012 com o crescimento um pouco abaixo da média nacional, em torno dos 2%. Já para o ano que vem, conforme aponta o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), o mercado deve acompanhar o PIB nacional, registrando crescimento superior ao de 2012.

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Habitação (SECOVI-Rio), Leonardo Schneider, em 2013, os preços dos imóveis no Rio de Janeiro devem acompanhar a inflação, com alta entre 3% e 4%. As vendas devem continuar, mesmo em menor velocidade e, o número de lançamentos também tende a crescer.

Para o diretor da Reit Soluções Financeiras Imobiliárias, Maurício Visconti, a estabilização dos preços no final de 2012, portanto, deve ser encarada como uma espécie de ajuste para controlar preços elevados, registrados anteriormente. Sendo assim, o setor deve começar o ano de 2013 com valores estáveis, sem supervalorizações.

Como prova das especulações a respeito da expectativa de crescimento no mercado imobiliário fluminense em 2013, especialistas têm citado as inúmeras obras de mobilidade e infraestrutura nos mais diversos pontos do estado. Entre elas, a construção de vias como a Transolímpica e a Transbrasil e a instalação de indústrias não poluentes e de comércio. Todos estes investimentos podem ser considerados verdadeiros sinais de que o próximo ano tem tudo para trazer novos empreendimentos e interessados para o setor.

Fonte: O Globo.