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Mercado imobiliário de São Paulo cresce ao lado da “nova classe média”

Fatores como a redução de impostos e juros cada vez menores, aliados ao antigo sonho da casa própria têm servido como impulso para o desenvolvimento do mercado imobiliário de São Paulo.

A novidade, porém, é que, dessa vez, quem está aquecendo o setor é a chamada “nova classe média”, conforme aponta pesquisa realizada pelo instituto Data Popular.

De acordo com a pesquisa, que contou com 18 mil moradores de todo o Brasil, grande parte dos brasileiros que pretende reformar seu imóvel nos próximos dois anos tem renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 7 mil – o que significa crescimento também para o setor de construção civil e de materiais, que teve a compra de muitos produtos facilitada com a redução do IPI (imposto sobre produtos industrializados), estipulado pelo Governo Federal.

Já em relação aos que procuram apartamentos ou casas para comprar, dentro do período de dois anos, a pesquisa revelou um percentual correspondente a 11 milhões de famílias em todo o país, sendo que o maior número está concentrado em São Paulo.

Redução de impostos e juros baixos estão entre os fatores que impulsionam a aquisição da casa própria.

Expansão do mercado imobiliário

Além dos números levantados pelo instituto Data Popular, outra pesquisa do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP apontou uma forte aceleração no setor de imóveis novos residenciais na capital paulista.

De acordo com ele, só no primeiro trimestre de 2012, o setor apresentou alta de 27% no valor movimentado com a venda de imóveis (em termos reais e comparado ao mesmo período do ano anterior), passando de 2,15 bilhões para R$ 2,73 bilhões.

No acumulado de 12 meses, entre abril de 2011 a março de 2012, as vendas atingiram a marca de 29,4 mil unidades, superando os 28,3 mil imóveis vendidos em 2011.

Durante os três primeiros meses de 2012, o número de unidades comercializadas também apresentou alta de 26,6%, subindo de 4.265 para 5.400 imóveis.

Em contrapartida, dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) mostraram que os lançamentos residenciais na cidade de São Paulo registraram queda de 29,2%, totalizando 3.635 unidades lançadas até março de 2012, contra 5.133 unidades do primeiro trimestre de 2011.

O contraste pode ser entendido como uma espécie de ajuste do mercado imobiliário, cuja intenção é equilibrar a diferença entre o volume de lançamentos e o de vendas, para evitar o mesmo problema que ocorreu no ano passado.

No entanto, apesar da queda nos lançamentos, houve alta nos anúncios de venda, de acordo com as estatísticas e tendências do site Agente Imóvel. Além disso, o site registrou queda no valor dos imóveis anunciados, o que pode justificar a alta na compra de casas e apartamentos na cidade de São Paulo.