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Financiamento imobiliário: analise se vale a pena

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De acordo com notícia divulgada pela EBC Agência do Brasil, o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê crescimento na economia brasileira, que fechou o ano de 2017 com 1% de evolução. Com isso, há uma expectativa de aumento na geração de emprego e a população tende a retomar o sonho de compra da casa própria com mais segurança. O financiamento imobiliário é a modalidade de aquisição mais procurada, mas será que vale a pena?

Isso depende, pois existe uma série de fatores que precisam ser analisados. Neste texto, listamos os principais aspectos que devem ser levados em consideração antes de tomar essa decisão. Então, continue lendo e descubra se o financiamento é uma boa opção para você agora. Confira!

1. Situação financeira do comprador

Ao realizar um financiamento imobiliário, serão necessários vários tipos de comprovação e, entre eles, está a análise da situação financeira do comprador. Ou seja, é averiguado se a pessoa tem restrições de crédito, que podem ser:

  • Serasa e SPC: o cadastro negativo nessas instituições acontece quando o comprador não cumpriu com os pagamentos de algum produto ou serviço — aqui entram empréstimos que não foram quitados, parcelamentos com prestações em atraso etc.;
  • restrições no Banco Central: a negativação ocorre quando um cheque é emitido, mas é devolvido por falta de fundos. Nesse caso, o nome da pessoa é inscrito no Cadastro de Emitentes de Cheque Sem Fundos;
  • pendências na Receita Federal e INSS: a negativação nessa categoria acontece por falta de pagamento de impostos, problemas na declaração de Imposto de Renda ou inscrição na Dívida Ativa;
  • pendências na justiça: aqui, a negativação ocorre em caso de bens penhorados ou processos trabalhistas.

No entanto, as restrições de crédito não são, necessariamente, um fator impeditivo para conseguir financiar o imóvel — mas significam que você não terá acesso à forma mais barata no crédito imobiliário.

Nesses casos, as instituições financeiras cobrarão mais garantias, e você pode entrar na alienação fiduciária. Além disso, devido ao risco, altas taxas de juros podem ser cobradas e o prazo para quitação ser encurtado, o que deixará o valor das parcelas bem elevado.

Portanto, o ideal nessas situações é se dedicar a renegociar suas dívidas antes, melhorando as condições do financiamento. Organizar o orçamento, reduzir despesas e procurar formas de aumentar suas receitas também são maneiras de evitar problemas financeiros futuros.

2. Avaliação de outras alternativas

Além do financiamento em si, existem alternativas que podem ser financeiramente mais atrativas. Conheça as principais:

  • aderir a um consórcio;
  • investir para comprar a vista;
  • realizar um empréstimo com garantia de imóvel;
  • usar o valor do FGTS.

3. Tempo de financiamento

Se você puder pagar prestações com valores mais altos, terá mais vantagens no financiamento imobiliário, pois o número de parcelas será reduzido e pagará menos juros. Caso opte por um prazo mais longo, pode ter a vantagem de dar um valor de entrada menor e ter parcelas com valores mais baixos, mas no acumulativo pagará mais juros.

Independentemente da escolha que fizer você pagará um preço — tudo vai depender de qual será mais vantajosa para você.

Como exemplo, imagine um casal jovem recém-casado. As incertezas com relação ao futuro no que diz respeito à carreira podem ser grandes. Um prazo muito longo pode afetar o planejamento financeiro caso façam uma escolha errada, percam o emprego e demorem para se recolocar no mercado.

Se tiverem filhos, planejados ou não, a situação pode ser ainda mais imprevisível, pois muitas despesas serão somadas ao orçamento. Financiamentos longos podem acompanhar o casal do nascimento até a formatura das crianças na faculdade. Em caso de aperto, a situação pode complicar e colocar em risco o valor investido e a tranquilidade da família.

4. Orçamento familiar

Você deve sempre fazer simulações de financiamentos para encaixar o valor das prestações no orçamento sem comprometer o pagamento das despesas fixas e outras dívidas. O ideal é que o valor da parcela não ultrapasse os 30% da renda (líquida) e fique na casa dos 15%.

Pode descobrir isso subtraindo do orçamento o pagamento de todas as suas despesas. Agora, veja se o que sobra cobre o pagamento das parcelas. Caso não seja suficiente, precisará economizar mais ou aumentar sua renda.

Esse cuidado fará toda a diferença no médio e longo prazo, pois se surgir alguma emergência, como um acidente, uma doença ou, até mesmo, morte, você precisará lidar com a situação sem comprometer o pagamento das prestações do imóvel.

5. Valor de entrada

O valor que oferecerá de entrada também deve ser considerado, pois ele fará toda a diferença no prazo e valor das parcelas. Quanto maior a entrada, mais rápido você termina de pagar pelo imóvel e ele sai mais barato, já que pagará menos juros.

Para entender melhor, fizemos a simulação do financiamento de um imóvel no valor de R$ 200 mil pela tabela Price (parcelas fixas) com três valores de entrada diferentes. Consideramos a taxa de 11,10% ao ano e 25 anos (300 meses) para quitá-lo. Veja como ficam as parcelas e o valor final:

Entrada de 10%

  • Valor de entrada = 10% (R$ 20.000,00)
  • Valor financiado = R$ 180.000,00
  • Valor da parcela = R$ 1.709,00
  • Valor total pago = R$ 532.651,00

Entrada de 30%

  • Valor de entrada = 30% (R$ 60.000,00)
  • Valor financiado = R$ 140.000,00
  • Valor da parcela = R$ 1.329,00
  • Valor total pago = R$ 458.729,00

Entrada de 50%

  • Valor de entrada = 50% (R$ 100.000,00)
  • Valor financiado = R$ 100.000,00
  • Valor da parcela = R$ 949,00
  • Valor total pago = R$ 384.806,00

Como você pôde ver, o valor de entrada influencia muito no valor final do imóvel. Se comparar a entrada de 10% com a de 50%, a economia pode chega a R$ 147.845,00. Isso é quase o valor de outro imóvel à vista!

6. Taxa de juros

Talvez a parte mais difícil de decidir se o financiamento é viável ou não seja a taxa de juros. Isso porque ela varia conforme a época (cenário econômico), instituição financeira, análise de crédito (situação financeira pessoal), modalidade de financiamento escolhido etc.

Por isso, é preciso fazer uma pesquisa cuidadosa para ter as melhores condições à disposição, caso contrário, o recomendável é esperar e continuar pesquisando.

O que pode fazer o financiamento valer a pena é participar dos programas de incentivo do governo. Os mais famosos são:

  • Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV): permite financiar imóveis até R$ 300 mil com taxas de juros entre 5% e 8,16% ao ano. O FGTS pode ser utilizado na entrada;
  • Sistema Financeiro de Habitação (SFH): permite financiar imóveis até R$ 900 mil com taxas de juros limitada a 12% ao ano. Também permite a utilização do FGTS na entrada.

Considere todos os fatores mencionados aqui e faça sempre simulações. No final, você é quem decidirá se e qual modalidade de financiamento imobiliário valerá a pena ou não.

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