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Mercado imobiliário internacional: o que podemos aprender com as novas startups e tecnologias do exterior

Vista panorâmica da cidade de Nova York

Um segmento tão tradicional quanto o imobiliário precisa estar em constante renovação, sempre buscando novas maneiras de gerar a melhor interação entre cliente e empreendimento. Esses anseios fazem com que haja uma preocupação constante em criar e implementar tecnologias cada vez mais efetivas para auxiliar corretores, imobiliárias e construtoras a oferecer os melhores serviços.

A evolução é notável, principalmente se levarmos em conta os últimos anos do setor no Brasil. Entretanto, ainda que já tenhamos conhecimento e possamos aplicar as técnicas mais inovadoras, se comparados ao mercado imobiliário internacional, temos muito para aprender. Afinal, conhecimento e inspiração nunca são demais, não é mesmo?

Por isso, para trazer gerar novos insights e dar mais fôlego à maneira como se consome imóveis no Brasil, preparamos este artigo com algumas ideias que surgiram lá fora e ou já estão por aqui ou, em pouco tempo, já farão parte do mercado nacional. Confira, conheça e já esteja preparado!

Co-living

Se você sempre entendeu que o co-living era, de fato, dividir seu apartamento com alguém, desconstrua essa ideia! O conceito é muito maior que isso e toca, até mesmo, questões de economia coletiva e novas experiências.

Em suma, o principal objetivo do co-living é fazer com que as pessoas possam viver melhor juntas do que viviam sozinhas. Para quem quer estar inserido em algo, fazer parte de uma nova vivência e ter uma rotina mais conectada a diversos aspectos, esse é o ideal. Muitas vezes, inclusive, há mistura de gêneros, idades, culturas e idiomas, por exemplo.

Em termos mais burocráticos, as contas estão inseridas no aluguel, equilibradas nas despesas de todos, os espaços são comuns e normalmente é tudo compartilhado, inclusive banheiros, cozinhas, salas de jantar e até espaços para trabalho (co-working).

É uma verdadeira comunidade, muitas vezes comparada a uma república de estudantes, mas na verdade é basicamente uma união de benefícios: você terá seu espaço, mas também terá com quem conversar quando quiser.

PadSplit

Duas mulheres olhando para o notebook e sorrindo

A PadSplit é uma startup norte americana que deseja aumentar as oportunidades para quem busca viver em co-living.

Eles trabalham, dia a dia, subdividindo casas e apartamentos de famílias para acomodar mais quartos e facilitar o acesso aos cômodos que seriam de uso comum. O objetivo principal é permitir que pessoas morem mais perto de seus trabalhos e tenham menos gasto com água, internet e outras despesas — tudo em um único pagamento mensal.

Alguns cuidados são tomados pela empresa, como a realização de entrevistas com os candidatos a locatários, inserção de fechaduras inteligentes (uma das melhores formas de segurança residencial) e até mesmo apoio com medidas anti incêndio.

iBuyer

O iBuyer, já em vigor no mercado brasileiro, foi criado com a intenção de facilitar o mercado imobiliário internacional na compra e venda de imóveis por meio da automação do processo.

Ele funciona da seguinte maneira: você coloca seu imóvel à venda, então uma empresa (o iBuyer) o adquire pelo valor cheio, à vista, faz todas as reformas para valorizá-lo e, então, revende em seu nome para algum comprador interessado.

Entretanto, o diferencial dessa tecnologia é que todos os imóveis são encontrados e escolhidos por meio de sistemas automatizados. Os algoritmos acessam os bancos de oferta e tomam a decisão por meio de dados sobre preços, mercado, demandas e detalhes dos imóveis. Tudo é feito de forma digital e até mesmo o valor da proposta será oferecido com base nos dados obtidos por análises do mercado.

PropTech

Você já deve ter ouvido falar de fintechs e de foodtechs, certo? São os nomes para tecnologias digitais do segmento financeiro e alimentício, respectivamente. Agora, existem também as proptechs, termo utilizado para se referenciar às que envolvem propriedades, ou o mercado imobiliário internacional. O conceito engloba desde os softwares de gestão imobiliária até sensores e materiais de primeira linha utilizados em construções.

Só em 2017, o segmento — mais conhecido no país como construtech — teve um total de 12 bilhões de dólares investidos em seus produtos e negócio, contra 186 milhões de 2011. Isso mostra que o mercado está em crescimento, e em tese só aumentará.

A importância é ainda maior se forem considerados os benefícios que essas tecnologias podem trazer, ainda mais se forem integradas a empresas e outros sistemas. O aumento da receita, facilidades para comprador e vendedor e redução de custos são só algumas delas.

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Hoje, as proptechs já buscam atender aos novos mercados de maneira certeira, com foco no usuário e não mais nas empresas. É o caso do iBuyer, que explicamos acima.

Pesquisa inteligente de aluguel

A RentLogic é uma startup dos Estados Unidos que está realmente revolucionando a maneira como as pessoas alugam imóveis em Nova York. Imagine que você está andando na rua, vê uma placa de aluguel e, além dela, uma pontuação que indica se aquela é uma boa opção para você. É isso que eles fazem.

Com base em mais de 150 variáveis, a empresa avalia o imóvel disponível para locação e, após isso, oferece uma pontuação para ele. Ela é inserida em uma placa e afixada à fachada do imóvel, para garantir que aquele é, ou não uma opção válida para você.

A ideia da empresa veio de uma experiência ruim do próprio fundador, Yale Fox, que mudou para a cidade americana e, para começar, decidiu alugar um apartamento em uma das melhores regiões de Manhattan. Alguns meses depois, entretanto, começou a adoecer.

Ao chamar um médico, o executivo descobriu que seus sintomas estavam relacionados ao excesso de mofo no imóvel. Desde então, Fox busca trabalhar para evitar que as pessoas possam — na pior das hipóteses — fugir, assim como ele, de uma escolha que realmente possa matá-las em longo prazo.

Venda fracionada de propriedade

Mãos femininas passando por plantas de imóveis, sobre a mesa também há duas casas e um óculos

Para auxiliar os futuros compradores de imóveis a realizarem seus sonhos, a startup Point, de Palo Alto (EUA), oferece uma nova modalidade para o mercado imobiliário internacional, ela permite a compra de imóveis de maneira parcelada sem a necessidade de nenhum tipo de crédito imobiliário pré-aprovado.

O serviço funciona por meio da compra fracionada da propriedade desejada, parte pela startup, parte pelo comprador de fato. Os passos são os seguintes:

  1. proprietários que querem vender seus imóveis entram em contato com a empresa — para participar, o vendedor não pode ter limitação de crédito, e o imóvel precisa estar em uma área valorizada;
  2. os bens são, então, avaliados por terceiros, sempre levando em conta uma margem de risco de 20%, em média, para compensar a possível desvalorização;
  3. compradores falam com a Point e verificam os imóveis disponíveis;
  4. se a solicitação for aprovada, a empresa arca com um valor que vai até 250 mil dólares, referente ao custo do imóvel estabelecido na avaliação.

O comprador paga o resto e terá até 10 anos para quitar a dívida com a startup ou vender o imóvel. Caso a segunda opção ocorra nesse tempo, a empresa recebe 20% do valor da venda.

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