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Como financiar um Imóvel

[tweetmeme] Na hora de comprar seu imóvel é natural surgirem dúvidas, por isso preparamos algumas dicas para tornar sua tarefa um pouco menos árdua. Primeiro, você precisa escolher a forma de pagamento, que pode ser à vista ou a prazo, por meio de um financiamento ou demais tipos de empréstimo.

Mas o que é financiamento?

Financiamento é uma espécie de empréstimo. Explico: você quer comprar determinado imóvel,mas não possui o valor total para quitá-lo à vista. Então, você recorre a uma instituição bancária, por exemplo, a Caixa Econômica Federal, que quita o imóvel para você, que por sua vez, pagará parcelas mensalmente à instituição. (A garantia do banco é o próprio imóvel, esse tipo de transação se chama “garantia hipotecária” há contratos que prevêem alienação fiduciária, veremos isso adiante.)

O primeiro passo para quem quer assumir um financiamento é ir aos bancos e fazer uma simulação, que irá indicar em qual categoria de financiamentos você se encaixa, de acordo com a sua renda. Assim, você verá qual o valor total a ser financiado, quais as taxas de juros e o valor das parcelas (que não pode ultrapassar 30% da renda mensal). Outro fator que influencia no valor das parcelas é quanto foi dado de entrada. Por isso é importante que você dê uma boa entrada, sendo possível utilizar o FGTS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, para esse fim. Com isso, o valor financiado corresponderá ao restante do preço do imóvel.

Por exemplo: se você quiser financiar um imóvel que custa R$80.000,00 e pode dar uma entrada de R$15.000,00, o financiamento será sobre o valor de R$65.000,00. Caso você não possa pagar uma entrada, não tem problema, pois a maioria das instituições financiadoras aceitam financiar 100% do valor do imóvel.

O sonho da casa própria via Flickr – Galeria de Rosy Feros

Além das questões explicadas acima, existem outros fatores que devem ser levados em consideração, antes de financiar um imóvel.

Veja abaixo, quais são as principais dúvidas quando o assunto é financiamento e a compra de um imóvel.

Só a Caixa Econômica Federal financia?
Essa é uma idéia corrente, mas não é verdadeira. A caixa é a que mais aprova financiamentos, mas a maioria dos bancos oferecem financiamentos, alguns com maiores descontos a clientes antigos.

Caixa Econômica federal, como financiar?
Firmando parceria com a Caixa econômica Federal você pode financiar até 80% do seu imóvel, utilizando ou não o FGTS.

Para utilizar o FGTS como entrada, você deve provar que trabalha há no mínimo três anos com registro em carteira(carteira assinada) e não é proprietário de outro imóvel. Outras regras para uso do FGTS indicam que o imóvel, casa ou apartamento, deve estar localizado no perímetro urbano da cidade onde você vive ou trabalha, ou em uma cidade vizinha, na mesma região metropolitana.

Imóvel novo ou usado, quais são as diferenças para financiar?
Normalmente para os imóveis novos os bancos fornecem financiamento de até 100%, enquanto para os imóveis usados o valor parcial não ultrapassa os 80%.

Crédito Bancário, como funciona?
É o financiamento por excelência, é a disponibilização de determinado valor para o cliente comprar seu imóvel.

Carta de Crédito, como funciona?
A carta de crédito da Caixa funciona com os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e permite o financiamento de imóveis residenciais novos, com parcelas a serem vencidas em prazo de até 30 anos, e ainda pode estar ligado às condições do Sistema Financeiro de Habitação, SFH.

Sistemas de financiamento SFH e SFI, o que são?
SFH: Sistema Financeiro de Habitação segue a Lei 4380/64, seus recursos se originam a partir do fundo de garantia (FGTS) e a caderneta de poupança. O valor financiado varia de acordo com a renda do adquirente, atende a classe baixa (até 05 salários mínimos), média (até 20 salários) e alta (acima de 20 salários). É um sistema com cunho social e segue taxas de juros limitadas ao máximo de 12% ao ano.

SFI: Sistema Financeiro Imobiliário, esse sistema é o mais novo do mercado, a diferença entre o SFH é que os recursos não vêm do FGTS ou das cadernetas de poupanças; são provenientes de aplicações de empresas nacionais e estrangeiras no mercado. A vantagem é o grande volume de dinheiro disponível. Entretanto, o comprador deve ficar atento para algumas regrinhas, por exemplo, a figura do proprietário na hora da compra não existe. Aliás, existe, mas é a empresa, a pessoa apenas tem concessão de uso, e se tornará proprietária quando pagar a última prestação, por isso, prevê alienação fiduciária.

O que é alienação fiduciária? Consiste na transferência da propriedade de um bem móvel ou imóvel do devedor ao credor para garantir o cumprimento de uma obrigação. Assim, se a pessoa deixar de pagar à instituição, essa pode “retomar” o bem, já que o devedor apenas goza do direito de usufruir o bem sem ser, de fato, o proprietário.

Consórcio, como funciona?
Segundo o site da Caixa, “Consórcio é um sistema que reúne em grupo pessoas físicas e/ou jurídicas com interesse comum para compra de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento, onde o valor do bem é diluído num prazo pré-determinado”.

Considerando isso, o consórcio funciona da seguinte forma: você paga parcelas por um período determinado. Durante esse período são sorteadas cartas de crédito, essas cartas servem para efetivar a compra do bem. O último prazo para receber uma dessas cartas é o prazo final do grupo.

A diferença principal entre financiamento e consórcio é que, no financiamento você adquire o imóvel na hora,por exemplo, você escolhe entre as opções de casas para comprar a que melhor se adapte às suas necessidades e depois de ter todo o processo resolvido a casa já é sua. Enquanto no consórcio, para usufruir do imóvel, você precisará ser sorteado.

Depois de tirar essas dúvidas confira os 10 passos do financiamento do seu imóvel

1. Vá a um banco e faça uma simulação de financiamento;

2. O banco determinará em quais categorias você se encaixa e quais os valores disponíveis para você, conforme a sua renda;

3. Você escolherá um imóvel dentro das características indicadas pelo banco, e o banco indicará um profissional para vistoriar e avaliar o imóvel;

4. Com o aval do especialista e do banco, você deverá reunir todos os documentos dos envolvidos da transação (comprador, imóvel e vendedor);

5. O banco analisará a documentação para verificar os riscos da aquisição;

6. A Instituição financeira, ou banco, irá emitir um contrato particular de compra e venda com financiamento entre o comprador e o vendedor, que deverá ser assinado por ambas as partes;

7. Você é o responsável por pagar o Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), e registrar o contrato em um Cartório de Registro de Imóveis. Só então a compra estará efetivada;

8. Por fim, você enviará ao banco uma via do contrato registrado ao banco para que ele libere o valor ao vendedor;

9. Você recebe as chaves do seu imóvel novo;

10. Segue pagando mensalmente as parcelas ao banco e morando na sua casa nova;

Tem outras dúvidas ou sugestões? Entre em contato com a gente.

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2 comentários

  • Olá Rodrigo,

    Segundo o que apuramos com a Caixa não há um limite pré-determinado para o valor final dos financiamentos, tanto para o SFH e o SFI. O que determinará o valor final do financiamento é um cálculo entre a renda mensal do solicitante e o risco de crédito da agência, mas alguns bancos têm fixados valores para cada tipo de financiamento, por exemplo, o HSBC.

    Quanto ao uso do FGTS ele só é permitido para pessoas com renda mensal de no *máximo* R$4.900,00 e que pretendem financiar um imóvel por meio do SFH. Para quem a renda supera os R$4.900,00 o financiamento é por meio do SFI que utiliza recursos privados do SBPE, Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

    Agradecemos seu interesse e qualquer dúvida, estamos à disposição.