A notícia da redução da taxa básica de juros para 8,5%, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi recebida com entusiasmo pelos consumidores brasileiros. Após o anúncio, muitos bancos (públicos e privados) divulgaram suas novas taxas de financiamento, com valores reduzidos, especialmente, para as taxas de financiamento imobiliário.
Com a redução dos juros, a tendência é que não apenas os consumidores, mas também, o setor imobiliário do Brasil seja favorecido. Isso porque a expectativa é que o mercado volte a ficar aquecido, contrariando os primeiros meses do ano, quando houve alta nos juros de empréstimo e receio por parte dos consumidores em adquirir imóveis.
Apesar do quadro favorável, porém, a queda das taxas pode esconder riscos envolvendo o atraso na entrega de novas obras. O perigo diz respeito à situação registrada no ano de 2008, quando as construtoras brasileiras lançaram centenas de empreendimentos aguardando a intensa procura dos consumidores. O resultado não foi como o esperado, ocasionando o atraso das obras, demora na entrega e, consequentemente, inúmeras ações judiciais de proprietários insatisfeitos.
Expectativa do setor imobiliário pode causar atrasos nas entregas de novos empreendimentos.
O atraso nas entregas acontece, justamente, devido à expectativa de crescimento do setor imobiliário. Em meio à ânsia por novos negócios, as construtoras dão início a novos empreendimentos, muitas vezes, sem possuírem caixa suficiente para finalizar as construções.
Com a baixa demanda, a solução é recorrer aos financiamentos bancários. A opção, porém, conta com um limite que, grande parte das vezes, não é capaz de cobrir as despesas das construtoras.
Para evitar esse tipo de transtorno, cabe ao consumidor refletir sobre sua escolha, lembrando sempre que a recomendação continua sendo buscar casas e apartamentos à venda em SP ou em outras localidades com muita cautela e planejamento.
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